Voltar ao trabalho após o feriado é
sempre conflitante!... não importa, se você é da área da saúde ou não, afinal trabalho
é trabalho!. Aliás, apesar das nuances os serviços na área de saúde também são
ambientes coorporativos que exigem uma estrutura hierárquica de modo a manter
sua homeostasia organizacional. E fazer parte disso impõe-nos necessariamente uma
subordinação a regras que nem sempre concordamos e tampouco em consonância com
o que julgamos ético!.
No dia a dia, são muitas as barreiras
burocráticas que temos que lidar no gerenciamento dos cuidados dos pacientes. E
tendo em vista, nossa completa ignorância frente a muitos desses mecanismos,
torna-se imprescindível investimentos na formação de profissionais de saúde que
sejam também gestores e críticos frente às políticas públicas. Entendo que quando
se está lidando com a vida humana não podemos aceitar que barreiras
burocráticas limitem os cuidados e possibilidades terapêuticas aos indivíduos. Isso
não significa dizer que uma estrutura organizacional é dispensável na saúde
pública, afinal para a viabilidade de qualquer serviço é preciso administrar com
competência seus recursos (que cá entre nós são escassos!).
No contexto da formação
multiprofissional vejo como saudável a reconsideração de muitas estruturas,
umas a tempo consolidadas ... inclusive na depauperação do atendimento aos
usuários. É indiscutível que muita da burocracia do nosso dia a dia vem em
paralelo ao nosso sistema judiciário e governamental, no entanto, outras tantas
são criadas por nós (aos gestores e futuros!) que inconscientemente aderimos
influências ligadas as profissões, culturais, dentre outras. A partir do
momento que estabelecermos uma rede integrada que favoreça a comunicação entre
os setores e/ou serviços de saúde conseguiremos ter maior segurança e respaldo
nas nossas decisões em detrimento do atendimento insatisfatório e muitas vezes
desumano.
Um exemplo clássico de falta de
comunicação e recorrente no dia a dia das farmácias são as receitas com
informações incompletas e/ou fora da data de validade. Fazendo com que muitas
vezes o farmacêutico seja obrigado a não liberar o medicamento e ficar com fama
de intransigente! - Imagem que modéstia a parte, posso dizer com segurança que
não é procedente, somos sim profissionais de saúde e sedentos por colaborar com
o serviço, no entanto há barreiras legais e elegíveis pelo bem estar da
população que nos obrigam ter rigor nas informações prescritas!
Em suma, há muitos outros obstáculos a
serem vencidos! - E esse plano só será exequível a partir do momento que cada
profissional assumir suas competências e se abrir ao diálogo multiprofissional.
Afinal todos somos passíveis a erros e felizmente a aprender, e isso se torna
ainda mais valoroso quando em benefício dos usuários dos serviços que prestamos
(os nossos pacientes!)
"Que a intenção da autoridade não
resume nada aqui! / Aqui estou! Sua licença para aproxegar! / Cê me desculpe
mas eu vou falar!"
Boa
semana!
Danilo
Ponciano
Residente
- Farmacêutico Bioquímico
Programa:
Transplante e Captação de Órgãos
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